Beber vinho faz parte de muitas culturas. Entretanto, quando se trata de gravidez, o assunto se torna delicado. Há vários anos, a ciência vem estudando o impacto do álcool na gravidez, com resultados que, às vezes, são mal compreendidos pelo público em geral.
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O que as pesquisas científicas mostram sobre o álcool durante a gravidez
Muitos estudos foram realizados sobre o consumo de vinho durante a gravidez. Seu principal objetivo é identificar os possíveis riscos para o feto. Desde a década de 1970, vários estudos estabeleceram uma ligação entre o consumo de álcool durante a gravidez e os distúrbios de desenvolvimento da criança.
Esses distúrbios podem ser agrupados sob o nome de síndrome alcoólica fetal. Eles incluem retardo de crescimento, anormalidades faciais e problemas cognitivos. Mesmo pequenas quantidades podem causar efeitos duradouros. Os pesquisadores enfatizam que não há um limite de segurança claramente definido.
A posição das autoridades de saúde
A OMS, as autoridades francesas e as agências de saúde europeias são unânimes. Todos eles recomendam a abstinência total de álcool durante a gravidez. Essa posição é baseada no princípio da precaução. Como não há quantidade conhecida sem riscos, é melhor evitar todas as bebidas alcoólicas, mesmo com moderação.
As mensagens são claras: "Zero álcool durante a gravidez". Essa recomendação inclui, naturalmente, o vinho, mesmo em pequenas doses ou em ocasiões especiais.
E o vinho tinto? Menos perigoso do que outros álcoois?
Algumas ideias preconcebidas sugerem que o vinho tinto é menos arriscado do que bebidas alcoólicas fortes. Na realidade, o perigo vem do etanol, que está presente em todas as bebidas alcoólicas. Seja vinho, cerveja ou destilados, os efeitos sobre o feto dependem da quantidade de álcool puro ingerida, não do tipo de bebida.
Os estudos não fazem distinção entre as bebidas. Eles sempre falam de álcool nos estudos sobre gravidez, sem mencionar especificamente o vinho. Portanto, não pense que uma taça de vinho tinto é mais inofensiva do que qualquer outra bebida.
Estudos sobre consumo moderado de álcool
Algumas pesquisas tentaram avaliar os efeitos do consumo de vinho leve durante a gravidez. Os resultados são, às vezes, sutis. Alguns estudos não mostraram consequências importantes para crianças expostas a doses muito baixas.
No entanto, esses estudos geralmente sofrem de viés metodológico. As amostras são pequenas, as respostas são baseadas em declarações pessoais e outros fatores podem influenciar o desenvolvimento da criança. Portanto, os pesquisadores preferem não tirar conclusões tranquilizadoras desses dados.
Riscos para a mãe e o bebê
Os riscos do vinho durante a gravidez dizem respeito tanto à mãe quanto ao feto. Para as mulheres grávidas, o álcool pode prejudicar o sono, aumentar a pressão arterial e acentuar as náuseas. Ele também aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Em bebês, mesmo um baixo consumo durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro. O feto não metaboliza o álcool da mesma forma que um adulto. O fígado em desenvolvimento não é capaz de eliminar o etanol rapidamente. Como resultado, o vinho pode circular no sangue do feto por mais tempo, com efeitos diretos em seus órgãos.
Consumo involuntário
Algumas mulheres ficam sabendo da gravidez várias semanas depois. Durante esse período, elas podem ter consumido álcool sem saber. Isso é motivo de preocupação?
Os especialistas desaconselham o pânico. O consumo ocasional antes que a gravidez seja conhecida não significa que o dano seja certo. Entretanto, é importante parar de beber imediatamente após a confirmação da gravidez.
A dimensão cultural: pressão social e tradição
Em algumas culturas, o vinho tem um papel social importante. As pessoas bebem para anunciar uma gravidez, para comemorar um evento ou simplesmente para compartilhar um momento. Nesse contexto, pode ser difícil recusar uma taça.
No entanto, ainda é importante colocar a saúde do bebê em primeiro lugar. Explicar que o álcool deve ser totalmente evitado durante a gravidez é suficiente. As pessoas ao seu redor geralmente entendem essa decisão.
A função dos aplicativos e do monitoramento digital
Ferramentas modernas ajudam a gerenciar sua saúde durante a gravidez. Você pode registrar suas refeições, acompanhar seus sintomas ou consultar artigos confiáveis. Para os amantes do vinho, esses aplicativos podem oferecer recomendações para a gravidez.
Elas também nos lembram que o gerenciamento da adega não significa necessariamente a degustação de vinhos. Algumas futuras mamães continuam a envelhecer suas garrafas sem tocá-las até o fim da gravidez.
O lugar do vinho após a gravidez
Após o término da gravidez, surge a questão de beber vinho durante a amamentação. Mais uma vez, os especialistas recomendam vigilância extra. O álcool passa para o leite materno. Portanto, é aconselhável esperar de duas a três horas após a ingestão da taça antes de amamentar.
A alternativa é extrair o leite antes de beber ou dar uma mamadeira nesse meio tempo. Mais uma vez, moderação e organização são as palavras de ordem.
Em busca de melhores informações para as mulheres
A relação entre vinho e gravidez continua sendo um assunto delicado. Muitas mulheres ainda desconhecem os riscos ou acham que uma taça pequena não tem consequências. As campanhas de prevenção ainda são necessárias.
As mensagens devem ser claras e sem julgamentos. As informações devem ser transmitidas sem fazer com que as pessoas se sintam culpadas. Porque é somente com um bom conhecimento dos fatos que as decisões podem ser tomadas com calma.
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