Os amantes do vinho sabem que algumas garrafas fazem mais do que apenas agradar o paladar. Elas também se tornam objetos de investimento. Entre elas, as garrafas de vinho de grande formato estão atraindo cada vez mais colecionadores. Mas será que elas realmente oferecem um melhor retorno na revenda? Vamos explorar.
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Uma presença imponente, maior potencial
O tamanho é importante, especialmente quando se trata de vinho. Uma garrafa magnum, com 1,5 litro, é equivalente a duas garrafas convencionais. Alguns tamanhos chegam a ultrapassar 3 ou 6 litros. Esses recipientes de prestígio são atraentes por motivos estéticos e técnicos.
O vinho de grande formato envelhece mais lentamente. Graças a uma proporção menor de ar/vinho, a oxidação é mais lenta. Isso significa que os aromas são preservados de forma mais eficaz. Como resultado, essas garrafas permanecem atraentes por mais tempo. Esse fator desempenha um papel fundamental em seu investimento de longo prazo.
Os números confirmam a tendência
O mercado confirma esse apelo. Nos leilões, os formatos grandes geralmente geram aumentos significativos de preço. Algumas garrafas Balthazar (12 litros) ou Imperial (6 litros) tiveram seu valor duplicado ou triplicado em comparação com a versão padrão.
O efeito da escassez também entra em jogo. As propriedades produzem esses formatos em quantidades limitadas. Isso aumenta sua colecionabilidade. Os compradores estão buscando o excepcional, e os grandes formatos atendem a esse critério de forma brilhante.
Um público específico, mas fiel
Os entusiastas de grandes formatos são um público-alvo. Eles apreciam o prestígio tanto quanto o investimento. Em grandes jantares ou eventos de prestígio, uma garrafa magnum impressiona. Ela se torna a peça central da noite.
Os profissionais de hotéis e restaurantes também estão interessados em usar esses formatos. Eles agregam valor às suas adegas e fidelizam os clientes. Isso gera uma demanda estável, um fator positivo para a lucratividade do vinho de grande formato.
Custos logísticos a serem levados em conta
No entanto, esse entusiasmo precisa ser moderado. Formatos grandes exigem uma logística específica. O armazenamento requer mais espaço. O transporte é mais caro. Também é necessário fornecer suportes adequados para exibição e armazenamento.
O seguro também pode ser caro. Algumas empresas cobram prêmios mais altos para cobrir formatos raros. Esses custos reduzem a margem líquida na revenda. Portanto, é fundamental prever esses custos desde o início.
Um ativo de diversificação
O investimento em vinhos não se resume a garrafas comuns. Diversificar com algumas garrafas magnum pode equilibrar um portfólio. Esses formatos oferecem uma estabilidade interessante, principalmente durante períodos de flutuação.
Além disso, as safras de grande formato mantêm seu valor por mais tempo. Isso permite planejar uma revenda posterior, geralmente a um preço melhor. Essa flexibilidade proporciona uma vantagem valiosa para investidores experientes.
O papel das plataformas especializadas
Vários sites agora oferecem serviços dedicados a garrafas de vinho de grande formato. Eles fornecem autenticação, avaliação e suporte de vendas. Esse tipo de suporte reduz os riscos associados à revenda. Ele também promove o acesso a um público internacional.
Algumas plataformas de ponta oferecem até leilões temáticos. Esses leilões valorizam os formatos raros. Eles garantem preços de venda mais altos para os investidores em vinhos.
Escolhendo o vinho certo, no formato certo
Nem todos os vinhos se prestam a esse tipo de investimento. Você precisa visar propriedades bem conhecidas com safras muito procuradas. Uma magnum de Bordeaux classificado ou um grand cru da Borgonha mantém seu valor melhor do que um vinho de mesa de grande formato.
O formato ideal também depende do objetivo. Para revenda em curto prazo, uma double magnum é mais fácil de manusear. Para o longo prazo, prefira um imperial ou um jeroboam. Esses formatos raros se beneficiam de um maior efeito de escassez.
Quando revender para maximizar o valor?
A rentabilização de uma coleção de vinhos também depende de um bom timing. É preciso seguir as tendências e ficar atento aos eventos (centenários, lançamentos de novas safras). Essas ocasiões provocam picos de demanda.
Guardar uma garrafa por 10 a 15 anos pode multiplicar seu preço de compra. Mas tenha cuidado com o armazenamento. A temperatura errada pode arruinar um vinho, mesmo um grande. Daí a importância de uma adega bem administrada.
Estudos de caso: exemplos de lucratividade
Uma magnum de Romanée-Conti 2002, comprada por 2.000 euros, foi vendida por mais de 9.000 euros dez anos depois. Um jeroboam de Château Lafite Rothschild foi vendido recentemente por mais de 20.000 euros. Esses exemplos confirmam o apelo dos grandes formatos no mercado.
Obviamente, esses ganhos não são sistemáticos. Eles dependem de vários fatores: o estado de conservação, a reputação da safra e a qualidade do vinho base. Portanto, o investimento é reservado aos conhecedores ou àqueles que foram bem aconselhados.
Integração de grandes formatos em uma adega particular
Para os amantes do vinho, adicionar algumas garrafas de grande formato à adega é uma forma de conciliar paixão e estratégia. É preciso providenciar prateleiras adequadas e verificar as condições de temperatura e umidade.
Alguns amantes de vinho compram en primeur, assim que os vinhos chegam ao mercado. Isso permite que eles se beneficiem de preços mais atraentes. A revenda alguns anos depois gera um valor agregado apreciável, se o vinho estiver bem conservado.
Um mercado em rápido crescimento
O setor de vinhos colecionáveis está evoluindo. Jovens investidores estão se interessando. Os tamanhos Magnum e maiores estão chamando a atenção. Sua raridade e apelo estético também estão atraindo uma clientela internacional em busca de produtos exclusivos.
Esse fenômeno beneficia os produtores. Eles estão se concentrando em edições limitadas em grandes formatos, muitas vezes com safras. Isso cria um senso de expectativa e escassez, o que alimenta a dinâmica do investimento.
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